Observação. Se há um estado que pode definir o começo deste ano para o mercado é essa palavra. Mais que um substantivo, é um ato que exprime um desejo de que tudo pode melhorar. Mas uma observação pode ser definida assim, ativa. Ativa no sentido de que não é apenas olhar e esperar, mas agir.

O mercado passou os últimos dois anos - mais notadamente 2015 - agindo de forma proativa. Não tomou conhecimento que o segmento estava estagnado, com números bem abaixo do que se via há cinco, dez anos antes. O mercado viu oportunidades e foi atrás delas.

Os lançamentos caíram? Vamos vender nossos estoques. Não havia dinheiro para investimentos? Vamos fazer caixa com o que temos de possíveis negócios - vamos fazer negócios. O comprador não está com muito dinheiro? Vamos propor alternativas. Assim, o mercado sobreviveu.

Não viu os mesmos números, mas se mexeu. A crise pode ter sido ruim, mas teria sido pior se não houvesse "jogo de cintura". E isso não faltou. O mercado de imóveis de terceiros e os estoques remanescentes não foram todos escoados, mas se transformaram em boas possibilidades e mostraram-se um nicho importante e que deve ser ainda mais movimentado este ano.

Para 2016, agentes ouvidos disseram que não esperam excelentes números. O "sarrafo está mais baixo", dentro de uma realidade trabalhável. Aos poucos, de acordo com esses profissionais, a indústria deve voltar a crescer. O bom (e isso o Brasil sempre se mostrou expert) é que as expectativas entram em nova rota. Uma rota mais dentro do bolso de quem compra. Afinal, é ele quem dita o ritmo - sempre.