Mercado imobiliário
17.abr.2020

A crise do Plano Collor com a Covid-19. É possível comparar?

Veja a reflexão do diretor de Marketing do Grupo SP Imóvel

Será que podemos comparar a crise ocorrida no Plano Collor com a nova crise que estamos passando da Covid-19 no cenário econômico e social?

Naquela época, houve o confisco nas contas correntes e poupança das pessoas físicas e jurídicas, instituição de novos impostos como o IOF e grandes fortunas, congelamento dos salários, demissões de funcionários públicos, dentre muitas outras medidas.

A principal consequência foi a paralização da economia. Parecia que todos estavam começando do zero.

Abaixo, Marcel Toledo, diretor de marketing digital do Grupo SP Imóvel, relata a sua experiência em 1.992 e faz uma reflexão da crise atual com o mercado imobiliário.


Por Marcel Toledo

Na época, com apenas 18 anos, comecei a atuar como corretor de imóveis de locação em um escritório que não tinha mais que 30 imóveis na carteira de administração. Porém, parecia que estava no momento e no lugar certo. O mercado de locação era pouco explorado. Os corretores não gostavam de trabalhar nesse setor, pois não dava muito rendimento. 

No fim de 1.991, houve uma mudança na legislação do inquilinato e a situação mudou da água para o vinho a partir de 1.992 e 1.993. Começamos a ter trabalho de sobra. Montamos uma equipe eficiente de 4 pessoas. Locávamos 20 imóveis por semana facilmente. Tinha locação que era feita por telefone. Parecíamos loucos! 

Tudo isso aconteceu por causa da mudança da lei do inquilinato que ficou mais flexível para ambas às partes, ou seja, para o locador (proprietário) e locatário (inquilino). E devido à crise, aquele locador que tinha úlceras para tirar um inquilino do seu imóvel, podia alugar com confiança, pois a nova legislação permitia despejar por falta de pagamento em alguns meses. E essa renda de aluguel era bem-vinda em face da crise na época.

Já sobre as vendas de imóveis, ouvíamos histórias de corretores que vendiam casas e apartamentos com valores baixíssimos, pois a crise forçava famílias a se desfazerem dos imóveis para sobreviver.  E por incrível que pareça, esses vendedores ficavam aliviados, pois conseguiriam seguir em frente.

O cenário de 1.992 e 1.993 me faz lembrar da fase que estamos vivendo, onde estamos nos adaptando com a realidade. A crise assusta e ao mesmo tempo nos faz refletir como podemos melhorar como pessoa e como profissionais.

Hoje, vejo corretores de imóveis inovando e se reinventando, como por exemplo, fazendo lives, querendo aprender a gravar vídeos, estudando como tirar boas fotos para poder seguir em frente...

Diante deste cenário, investidores também começarão a enxergar o mercado imobiliário com outros olhos, pois ele retomará a ideia de que um imóvel é muito mais seguro como patrimônio do que a aplicação que perdeu 40% de uma semana para outra. Investir em imóvel é sólido!

Surgirão oportunidades de negócios nos próximos meses, pois a crise acarretará em giro de mercado imobiliário. Óbvio que é triste pelo lado humano, mas temos que ser realistas. Quando o dinheiro acaba, temos que nos adaptar, vendendo nossas joias (imóveis)  para seguir à vida.

Outro dia, ouvi um analista de mercado falando que nessa fase de confinamento muitas famílias começarão a observar que o imóvel que estão morando é pequeno e desconfortável. Assim, após essa fase de crise, poderá surgir uma onda de pessoas querendo trocar de casa ou apartamento. E refletindo sobre essa análise, me questionei se ele não tem razão?! Eu mesmo já observo meu quintal com outros olhos. Sempre fui um crítico de quintais amplos, mas agora......


Atualmente, não trabalho como corretor de imóveis, justamente devido outra crise que ocorreu em minha vida, mas isso é outra história. Hoje, sou o responsável pelo marketing digital do Grupo SP Imóvel.

 Autor: Marcel de Toledo

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