Financiamento
13.out.2021

Vale a pena financiar imóvel com juros da poupança?

Veja simulações e compare qual é a melhor taxa

Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltou a elevar a taxa básica de juros (Selic), passando de 12,75% para 13,25% ao ano. Essa foi a 11ª alta consecutiva, e há sinalizações de que outro aumento deve ocorrer em agosto.


A elevação de 0,5% da taxa básica de juros (Selic) deixou o cenário ainda mais desafiador para aqueles que pretendem comprar imóvel residencial através do financiamento imobiliário.


O Banco Central elevou a taxa de juros como medida de controle contra a inflação. Esse cenário é reflexo de uma série de fatores, entre eles, pandemia, a guerra da Rússia contra a Ucrânia, reajuste de combustíveis e a alta dos alimentos.


A Selic é a taxa básica de juros da economia. Essa taxa é o principal instrumento de política monetária utilizada pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
 

 

E como funciona na prática?



Quando a Selic sobe, os juros cobrados nos financiamentos imobiliários, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos.  Isso desestimula o consumo e favorece a queda da inflação.


Já com a queda da Selic, pegar dinheiro emprestado fica mais barato, já que os juros cobrados nessas operações ficam menores. E com isso estimula o consumo e faz a economia do país girar.

 

Mesmo com aumento da Selic ainda é interessante financiar um imóvel através da linha de crédito corrigida pela poupança?



O financiamento imobiliário com Correção pelo rendimento da Poupança é mais uma linha de crédito que a Caixa, Itaú e Bradesco oferecem para o Crédito Imobiliário. Essa linha acompanha a Selic, ou seja, nessa modalidade os juros são compostos por uma parte fixa, mais uma parte variável, atrelada com o rendimento da poupança.

 

De acordo com especialistas do ramo, sim, este é um bom momento para comprar imóvel financiado. O mercado apresenta ótimas ofertas e muitas vezes com excelente custo-benefício. Aliado a isso, as taxas de juros estão abaixo da média dos últimos anos e os bancos criaram novas linhas de financiamento para atender os mais diversificados perfis de clientes.


Com a Selic no patamar de 13,25% a.a., ela ultrapassou o teto definido, ou seja, toda vez que a Selic passa de 8,5% a.a., a poupança passa a render um valor fixo que é 6,17% a.a. Portanto, a taxa de juros com rendimento da poupança será formada com a variável de 6,17% + o valor fixo + TR.


Na Caixa Econômica, por exemplo, a taxa de juros calculados são apurados somando a taxa fixa a partir de 2,80 a.a.' efetiva mais a taxa variável em função do rendimento da poupança, vigente a cada vencimento da prestação, atualmente de 6.17%a.a.


No Bradesco, a taxa de juros calculados também é a partir de 2,99 a.a.' efetiva mais a taxa variável em função do rendimento da poupança,  atualmente de 6.17%a.a.


Simulação de Financiamento Imobiliário


E para ajudá-los a entender melhor que ainda vale a pena financiar imóvel, o  Blog do SP Imóvel realizou algumas simulações de financiamento usando a TR, IPCA e a Poupança, nos Sistemas de Amortização SAC.


A simulação do financiamento imobiliário com rendimento da poupança foi realizada nos sites da Caixa Econômica Federal, Banco Itaú e Bradesco, pois são os únicos que até o momento, permitem realizar a simulação do crédito com a correção pela poupança. E foi feita com dados de uma pessoa com mais de 40 anos, financiando um imóvel USADO no valor total de R$ 400.000,00, dando de entrada R$ 80.000 e o restante R$ 320.000,00 será financiado no prazo de 360 meses (30 anos) com Sistema de Amortização SAC.

 

 

Compra de Imóvel Usado em São Paulo de R$ 400 mil
Entrada de R$ 80 mil (20%)
Financiado por 360 meses (30 anos)
Sistema de Amortização: SAC
Correção anual pela TR (Tabela Referencial)
Bancos Taxa de
Juros Efetiva 
a.a.
CET
Custo
Efetivo Total
a.a.
1ª  Parcela Última
Parcela
Total do Financ.
Bradesco -
TR  + Taxa Fixa
9,90% 11,24% R$
3.602.05
R$ 920,51 R$
856.865,25
Bradesco
Poupança + Taxa Fixa
9,16% 10,51%

R$
3.420,51

R$ 920,00 R$
824.097,97
Itaú -
TR + Taxa Fixa
9,99%  11,37% R$
3.620,13
R$ 920,97 R$
866.804,95
Itaú
Poupança + Taxa Fixa
10,12% 11,49% R$
3.651,88
R$ 921,05 R$
872.535,91
Caixa - TR
Taxa Fixa
8,70% 10,05%  R$
3.253,24
R$ 920,00 R$
816.328,08
Caixa -
Poupança + Taxa Fixa
9,17% 10,50% R$
3.369,13
R$ 920,40 R$ 837.246,80
Caixa - IPCA
 + Taxa Fixa
3,95% 5,50%  R$
2.055,64
R$ 916,75 R$
600.161,55
Caixa - Taxa
de Juros Fixa
9,75% 11,087% R$
3.397,34
R$
891,25
R$
835.082,25
Santander 9,49%  10,37% R$ 3.488,37 R$ 921,58 R$ 885.203,88
Banco do Brasil 9,00% 10,62% R$ 3.324,79 R$ 920,43 R$ 836.782,16
Simulações realizadas em 22/06/2022  

 

Observação 1: A simulação acima não possui a composição de renda e não estão inclusas despesas com documentação, como, por exemplo, o ITBI.

 

Vale a pena financiar imóvel?

 

Claro que neste momento, os juros não estão tão atrativos como os praticados em 2020, quando a Selic estava 2%, menor patamar da história e a TR estava zerada, mas a tendência é que o crédito fique ainda mais caro, então, para que esperar e pegar mais?!

 

Portanto, sim, ainda vale a pena financiar um imóvel, pois investir em imóvel significa segurança, rentabilidade, patrimônio e a tão sonhada moradia! 

 

O déficit habitacional é muito grande no país. As pessoas sonham com a casa própria. Tem aqueles que vão se casar e vão sair da casa dos pais e buscam o seu próprio lar. Tem o casal que se separa e uma das partes precisa de um novo lugar para morar e tem aqueles que a família vai aumentar com a chegada de uma criança e muitas vezes precisam de uma casa maior. 

 

Além do mais, a pandemia já mostrou que com o isolamento, as pessoas passaram a valorizar mais o lar, ou seja, com certeza, ao longo dos anos, o seu imóvel será valorizado, e valerá mais, que o dinheiro investido.

 

De acordo com a pesquisa do Think With Google, “A casa brasileira: dados e insight sobre a revolução nos nossos lares durante a pandemia”, 57% dos brasileiros afirmam que, mesmo quando a pandemia acabar, a casa seguirá sendo uma prioridade e continuarão investindo nela.

 

Não estamos mais adaptando a casa para algo passageiro, mas sim preparando nossos lares para a vida que queremos construir”, declaração na pesquisa do Think With Google, de outubro de 2021.


Não é só o Brasil que tem sofrido com o aumento da inflação, diversos outros países também estão sendo afetados com a inflação.  E o ramo imobiliário é impactado diretamente com a inflação e as altas nos juros. Pois além dos financiamentos ficarem mais caros, as construtoras e incorporadoras também sofrem com o aumento significativo nos custos de insumos, e com isso, vão precisar elevar o valor final do imóvel.

 

 

Para cada tipo de público, um índice de correção diferente. Contudo, cada comprador precisar estudar o seu orçamento financeiro analisar a vantagens de cada linha e avaliar as condições e os riscos que vão querer correr a curto, médio e longo prazo. Se a ideia for amortizar esse financiamento em um curto período, talvez, o interessante seria arriscar nas novas modalidades, IPCA ou Poupança, porém, se a ideia é de longo prazo, nos 30 anos, a TR é a recomendada, mesmo que neste cenário pareça mais cara, porém o risco será menor com as taxas iguais durante aos 360 meses. 

 

 

 

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Forte:
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