Cidades grandes e transporte público deficitário. O resultado é uma frota de veículos cada vez maior. Em cidades grandes é mais comum do que se imagina que famílias tenham mais de um veículo. Em São Paulo, por exemplo, com rodízios de veículos, é muito comum a família ter o segundo carro. Com isso, condomínios de melhor padrão já projetam mais de uma vaga por unidade, mas isso tem um custo. Muitas vezes, uma vaga custa quase a metade ou mesmo o preço de um apartamento.
O Secovi-SP calcula que o preço do metro quadrado médio de um imóvel com garagem chega a ser quase 25% mais alto do que em imóveis sem vaga. O mesmo se percebe em casas, que quando têm vagas são mais caras e vendem ou alugam mais rápido.
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Segundo estudos, para uma unidade de 100 m2 de área privativa, seu preço engloba o total de sua área construída de 185 m2, que além da área útil, é composta por 35 m2 referente às áreas comuns, mais 50 m2 para abrigar os automóveis. Ou seja, uma vaga equivale a quase 70% da área habitável de um apartamento.
Só para ter ideia, no Rio de Janeiro, por exemplo, pesquisas apontam que uma vaga de garagem pode custar R$ 100 mil, dependendo da região, para quem quiser comprar uma área dessas.
O mercado imobiliário enfrenta o desafio de precificar as vagas de garagem, principalmente em cidades grandes com transporte público deficitário e aumento da frota de veículos. Em locais como São Paulo, onde famílias têm mais de um carro, condomínios de alto padrão já projetam mais de uma vaga por unidade, impactando significativamente no valor do imóvel. Segundo o Secovi-SP, o metro quadrado de imóveis com garagem chega a ser 25% mais alto, refletindo também na valorização e velocidade de venda ou aluguel de casas. Essa realidade evidencia a relevância e custo elevado das vagas de garagem no mercado imobiliário atual.