O Mercado Imobiliário em São Paulo já demonstra sinais de retomada com o crescimento das vendas dos imóveis na capital paulista. E de acordo com o Sindicato da Habitação – Secovi, 51.417 unidades foram comercializadas de janeiro a dezembro de 2020.
Desde 2017, o mercado imobiliário em São Paulo passa por reajustes de preços para deixar os valores do metro quadrado em um nível mais acessível com a realidade paulista. E a adesão ao home office na quarentena e o longo período de isolamento social fez com que pessoas passassem a enxergar melhor o seu lar. E fez muitos repensarem o seu espaço do dia a dia para comportar toda a família, o trabalho remoto e o homeschooling.
O website Registro de Imóveis do Brasil (www.registrodeimoveis.org.br) que armazena todos os dados de transferência de bens imobiliários de quase todo Brasil, informou em seus indicadores que entre janeiro a dezembro de 2020, na região da Capital de São Paulo, contou com 131.317 registros de compra e venda de imóveis contra 122.692 em 2019, ou seja, aumento de 7,03% entre 2019 e 2020.
Além das questões ligadas a pandemia em 2020, o principal motivo para esse crescimento é que a economia brasileira vem se ajustando e devido à queda da inflação ocorrida desde 2019, propiciou uma taxa de juros dos financiamentos imobiliários abaixo da média nas últimas décadas.
De acordo com Abecip, Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, o montante financiado em 2020 atingiu R$ 123,97 bilhões, alta de 57,5% em relação a 2019, marcando novo recorde histórico ao superar o pico anterior registrado em 2014, quando o mercado de lançamentos e de vendas de unidades residenciais operava em ritmo acelerado, no que ficou conhecido como um período de “boom imobiliário brasileiro”, pois alguns bairros chegaram a ter super valorização de mais de 200% em menos de 2 ou 3 anos (meados 2011 até 2014). Veja o gráfico abaixo:
Nesse ano de 2021, o Grupo SP Imóvel realizou um grande levantamento do custo do metro quadrado dos Apartamentos à venda em São Paulo, dos 8 bairros mais caros da Capital, dividindo esse número por 2 bairros por região, tendo como base o número de dormitórios e vagas de garagem:
Observação: Perceba que ocorre mudança de bairros entre uma tabela e outra.
Valor médio do metro quadrado dos Apartamentos 1 e 2 Dormitórios com 1 Vaga de Garagem dos bairros mais CAROS de São Paulo |
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Bairro | Região (ZONA) | Valor médio m² |
Vila Olímpia | Zona Sul | R$ 12.310,00 |
Itaim Bibi | Zona Sul | R$ 11.570,00 |
Pinheiros | Zona Oeste | R$ 11.250,00 |
Vila Madalena | Zona Oeste | R$ 11.340,00 |
Moóca | Zona Leste | R$ 6.860,00 |
Tatuapé | Zona Leste | R$ 6.800,00 |
Santana | Zona Norte | R$ 6.810,00 |
Parada Inglesa | Zona Norte | R$ 6.790,00 |
Dados Janeiro 2021 Grupo SP Imóvel |
Valor médio do metro quadrado dos Apartamentos 2 e 3 dormitórios com 2 Vagas de Garagem dos bairros mais CAROS de São Paulo |
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Bairro | Região (ZONA) | Valor médio m² |
Itaim Bibi | Zona Sul | R$ 13.370,00 |
Vila Olímpia | Zona Sul | R$ 11.650,00 |
Pinheiros | Zona Oeste | R$ 12.610,00 |
Vila Madalena | Zona Oeste | R$ 12.130,00 |
Moóca | Zona Leste | R$ 7.680,00 |
Tatuapé | Zona Leste | R$ 7.480,00 |
Santa Teresinha | Zona Norte | R$ 7.520,00 |
Santana | Zona Norte | R$ 7.490,00 |
Dados Janeiro 2021 Grupo SP Imóvel |
Caso queira localizar o valor do metro quadrado dos principais bairros pelo zoneamento de São Paulo, clique nos links abaixo:
Valor médio do metro quadrado dos Apartamentos 3 e 4 dormitórios com 3 Vagas de Garagem dos bairros mais CAROS de São Paulo |
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Bairro | Região (ZONA) | Valor médio m² |
Itaim Bibi | Zona Sul | R$ 14.890,00 |
Vila Olímpia | Zona Sul | R$ 14.180,00 |
Pinheiros | Zona Oeste | R$ 12.810,00 |
Vila Madalena | Zona Oeste | R$ 11.920,00 |
Jd. Anália Franco | Zona Leste | R$ 8.370,00 |
Moóca | Zona Leste | R$ 7.850,00 |
Casa Verde | Zona Norte | R$ 8.840,00 |
Santa Teresinha | Zona Norte | R$ 8.670,00 |
Dados Janeiro 2021 Grupo SP Imóvel |
Na tabela a seguir, mostra-se a média do metro quadrado dos Apartamentos à venda Alto Padrão em São Paulo:
Valor médio do metro quadrado dos Apartamentos 3 Suítes ou 4 dormitórios com 3 ou 4 Vagas de Garagem dos bairros mais CAROS de São Paulo |
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Bairro | Região (ZONA) | Valor médio m² |
Vila Olímpia | Zona Sul | R$ 16.040,00 |
Itaim Bibi | Zona Sul | R$ 15.220,00 |
Pinheiros | Zona Oeste | R$13.170,00 |
Higienópolis | Zona Oeste | R$ 12.750,00 |
Jd. Anália Franco | Zona Leste | R$ 9.950,00 |
Alto da Moóca | Zona Leste | R$ 9.170,00 |
Santa Teresinha | Zona Norte | R$ 9.010,00 |
Alto de Santana / Santana | Zona Norte | R$ 8.400,00 |
Dados Janeiro 2021 Grupo SP Imóvel |
Outro fator importante para destacar, que vem ocorrendo nos últimos anos, é o crescimento das vendas de Kitnets, Studios e Apartamentos de 1 Dormitório à venda em São Paulo. E, a diminuição das vendas e lançamentos dos apartamentos de 4 dormitórios (ou 3 Suítes).
Isso ocorre por um simples fator. A cultura das famílias vem mudando ao passar do tempo, com isso, muitos casais estão optando em casar e constituir uma família cada vez mais tarde, e escolhendo ter apenas um filho.
Por conta disso, nos últimos anos, tem ocorrido muito mais lançamentos de Kitnets, Studios e Apartamentos de 1 ou 2 dormitórios de 45m² em São Paulo, justamente devido a esse grande crescimento de famílias pequenas com no máximo 1 filho, casais sem filhos ou solteiros e solteiras com foco no seu crescimento intelectual e profissional ao longo dos anos.
Outra questão do mercado imobiliário de São Paulo que vem ocorrendo nos últimos anos, é o aumento do lançamento de ofertas SEM VAGA de Garagem.
Isso também ocorre devido à mudança de cultura da população mais jovem, que tem optado em não adquirir automóveis, dando prioridade aos veículos de aluguel, aplicativos de transporte, bicicletas, patinetes, etc.
Diante dessa mudança, as construtoras também vêm optando em lançar essas unidades de Kitnets e Apartamentos sem vagas de garagem em toda a Capital Paulista desde 2007, que acabam proporcionando um preço mais baixo e geralmente com proximidades as estações de Metrô, Trens e Corredores de Ônibus.
Portanto, o mercado imobiliário projeta um cenário favorável para 2021, principalmente para o primeiro semestre, com taxas de juros baixas e excelentes oportunidades. “Nós acreditamos que não haverá aquele `boom imobiliário´ ocorrido em meados de 2009 até 2013, aonde os preços dispararam em função da grande demanda de compra de imóveis ocorrida na época, mas os preços dos imóveis e os juros do financiamento tendem a subir gradativamente, declara Marcel de Toledo, responsável pelo marketing digital e analista de mercado do Grupo SP Imóvel.
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Fonte: Registradores do Brasil, Abecip e Banco de Dados dos Portais do Grupo SP Imóvel – Janeiro 2021